Paulistanos atribuem nota média de 3,7 para a qualidade de vida em São Paulo

Esse é um dos resultados da edição especial da pesquisa IRBEM, que inclui temas polêmicos na cidade e tem como foco o futuro plano de metas

Por Airton Goes, da Rede Nossa São Paulo

A Rede Nossa São Paulo divulgou nesta terça-feira (24/1) os resultados da edição especial do IRBEM – Índice de Referência de Bem-Estar no Município. A pesquisa, que revela a percepção dos paulistanos sobre a qualidade de vida na capital paulista, tem como foco o futuro plano de metas e inclui perguntas sobre diversos temas polêmicos na cidade.

Realizado pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope Inteligência, em parceria com o Instituto Semeia, o levantamento revela que os paulistanos atribuem nota média de 3,7 para a qualidade de vida na cidade – os pesquisados deram notas de 1 a 10 para cada um dos 71 itens abordados, distribuídos em 17 áreas temáticas.

A pesquisa também aborda diversos temas polêmicos na cidade, entre os quais a proposta de realização de plebiscito, para que a população decida sobre a execução ou não de projetos de alto custo financeiro ou de grande impacto ambiental e social. Questionados sobre esse assunto, 90% dos pesquisados dizem ser favoráveis à proposta e 8% se posicionam contra.

Respondendo a outra questão, 84% defendem que as prefeituras regionais tenham mais autonomia e participação na gestão dos serviços públicos, enquanto 9% se manifestam contrários à medida.

O levantamento foi realizado entres os dias 8 de dezembro de 2016 e 4 de janeiro de 2017 com 1.001 moradores da cidade de São Paulo com 16 anos de idade ou mais. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos. 

Confira abaixo algumas das conclusões da pesquisa:

– A nota média geral do IRBEM ficou em 3,7. Quando analisada a nota por perfil dos entrevistados, destaca-se a melhor avaliação por parte do público jovem, de 16 a 24. Nesta faixa etária a nota média é de 4,2. Nas demais, varia de 3,5 a 3,7.

– 100% dos itens avaliados receberam notas abaixo da média (5,5). 

– As cinco áreas mais bem avaliadas, de forma geral, são, nesta ordem: Cultura, Esporte, Tecnologia da Informação, Aparência e Estética, e Juventude. 

– As cinco áreas mais mal avaliadas, de forma geral, são, nesta ordem: Transparência e participação política, Desigualdade Social, Assistência Social, Transporte/Trânsito (mobilidade), e Habitação.

– Dentre os 71 avaliados, os cinco itens com melhor nível de satisfação (com nota superior ou igual a 4) são, nesta ordem: Campanhas de vacinação (Saúde), Coleta seletiva em seu bairro (Meio Ambiente), Proximidade de postos de saúde/UBS/AMA (Saúde), Proximidade de cinemas (Cultura) e Oferta e qualidade da coleta de esgoto em sua casa (Habitação). 

– Os quatro itens com menor nível de satisfação (nota até 2,5) são, nesta ordem: Forma de participação na escolha dos subprefeitos (Transparência e Participação Política), Transparência dos gastos e investimentos públicos (Transparência e Participação Política), Tempo médio entre a marcação e a realização de procedimentos mais complexos (Saúde) e Punição à corrupção (Transparência e Participação Política).

– Na opinião dos entrevistados, as áreas que mais contribuem para a qualidade de vida são, nesta ordem: Educação, Saúde, Segurança, Transporte/Trânsito – mobilidade e Meio Ambiente.

– 90% se dizem favoráveis à aplicação de plebiscito para que a população decida sobre a implantação de obras de alto custo financeiro ou impacto ambiental e social. E 8% são contrários à medida.

– 84% defendem que as prefeituras regionais tenham mais autonomia e participação das na gestão dos serviços públicos. E 9% se manifestam contrários a isso.
Mobilidade urbana

– 44% dos entrevistados levam até duas horas para ir e voltar do trabalho diariamente. Na média geral, o tempo gasto neste deslocamento é de 1h46. A média entre os usuários frequentes de ônibus ficou em 1h47 e, entre os que usam carro, 1h45.

– 54% dos entrevistados dão notas de 0 a 5 para o sistema de informação nos pontos de ônibus.  A nota média ficou em 5,3.

– 62% são contrários à proposta de aumentar o preço da gasolina para reduzir o valor da tarifa de ônibus. 29% são a favor. 

– 50% são favoráveis à inspeção veicular ambiental e 43%, contrários. 

– 54% concordam com o aumento da velocidade máxima nas marginais da cidade. E 41% são contrários à medida. No perfil dos que são favoráveis ao aumento, destacam-se os que raramente usam ônibus, os que usam automóveis todos os dias ou quase todos os dias, os homens, os que têm entre 45 e 54 anos e os que têm ensino superior. Entre os que são contrários ao aumento da velocidade, destacam-se os que raramente usam automóveis, as mulheres e os que têm 55 anos ou mais. 

Confira aqui a apresentação dos resultados da edição especial do IRBEM – Índice de Referência de Bem-Estar no Município. 

Leia também: 90% dos paulistanos apoiam a realização de plebiscitos para grandes obras na cidade

 

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