Folha de S. Paulo
Mais um motociclista morreu no domingo (9) após atingir um poste na marginal Tietê, na zona leste de São Paulo. Com isso, sobe para 12 o total de óbitos registrados nas marginais Tietê e Pinheiros desde o início do ano.
O acidente aconteceu por volta das 8h, próximo à ponte Miguel Arraes (antiga ponte Aricanduva). Segundo a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego), o motociclista na pista local, sentido Castello Branco.
As causas da batida ainda serão apuradas, afirmou a companhia.
Essa é a 11ª morte de motociclista nas marginais desde que os limites de velocidade foram alterados na gestão do prefeito João Doria (PSDB). O 12ª óbito registrado nas duas vias no período foi em decorrência de um atropelamento.
A CET diz que a marginal Tietê registrou queda de 6,3% no número de acidentes com vítimas; diminuição de 3,3% na quantidade de vítimas feridas; e redução de 16,7% no total de mortes, nos quatro primeiros meses do ano em comparação com o mesmo período de 2016.
Já a marginal Pinheiros teve, no mesmo período, queda de 39,6% de acidentes com vítimas, redução de 34% na quantidade de pessoas feridas; e a quantidade de vítimas fatais se manteve estável.
Relatório obtido pela Folha, no entanto, levanta uma série de contradições com outros balanços oficiais da prefeitura e dá início a uma espécie de "guerra" de números com órgãos do governo do Estado, que apontam uma tendência contrária, como no caso da Polícia Militar.
De fevereiro a abril deste ano, segundo a PM, foram 396 acidentes com vítimas nas marginais, enquanto para a prefeitura, foram 113 acidentes em geral (graves ou não) nesse mesmo intervalo. Para a prefeitura, a discrepância ocorre por haver neste ano maior presença de agentes da CET, do Samu e da PM nas marginais.
Matéria publicada na Folha de S. Paulo.