Demora do ônibus é a principal queixa de passageiros na cidade de São Paulo

Por Metro Jornal São Paulo

Depois de dois anos fora do topo do ranking, a demora dos ônibus voltou a ser a principal reclamação dos passageiros da cidade de São Paulo no primeiro semestre deste ano, segundo dados da SPTrans, empresa que gere o sistema público de transporte da capital.

De janeiro a junho, 4.747 pessoas reclamaram que o ônibus que esperavam demorou demais para chegar. Esse número representou 26,6% de todas as 17.858 queixas recebidas pela SPTrans no período.

Em 2015 e 2016, o maior “vilão” dos usuários de transporte público era outro: o que os passageiros mais reclamaram naqueles dois anos foi de os motoristas não atenderem o pedido de embarque ou desembarque. Neste ano, essa queixa foi a vice-campeã do primeiro semestre, com 4.027 registros (veja dados no quadro).

E nem mesmo nos corredores, por onde os ônibus têm exclusividade para passar, a queixa cai. A cozinheira Edine Santos, 60 anos, relata grande espera todos os dias. “Mesmo no corredor, o ônibus demora muito para passar”, disse.

A SPTrans destacou que o número de reclamações caiu 22,9%. Na avaliação da empresa, essa queda sinaliza que as ações desenvolvidas desde o início do ano para melhorar a qualidade do serviço –como fiscalização mais intensa nas empresas e nas linhas e requalificação de motoristas e cobradores– “já começam a apresentar 
resultados”.
 

As empresas

O SPUrbanuss, sindicato que representa as empresas de ônibus, disse em nota que o serviço “está sujeito à ocorrência de eventos fora do controle das operadoras que atrapalham a circulação dos veículos, como acidentes, inundações, manifestações ou problemas com semáforos ou nas vias”, que torna o tempo das viagens superior ao estimado, interferindo no intervalo entre os ônibus.

Elogios também

A SPTrans também recebe elogios ao sistema de ônibus. Entre 2014 e 2017, no primeiro semestre, houve 2.048, sendo 85,6% deles à conduta dos motoristas, cobradores ou fiscais.

Tanto críticas quanto elogios podem ser feitos no site, pelos canais da SPTrans no Facebook e no Twitter ou também pelo telefone 156.

Matéria publicada no Metro Jornal São Paulo.

 

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