Prefeitura de SP registrou recorde de reclamações não atendidas no 156 em maio

Número de reclamações não atendidas foi o pior neste ano e só 25% das solicitações tiveram resposta

Luiz Fernando Toledo, O Estado de S.Paulo

O canal 156, de reclamações destinadas à Prefeitura, registrou, no mês de maio, seu pior desempenho desde janeiro de 2016 – série história informada pela própria gestão municipal. Nesse mês, só 25% das 61,7 mil novas solicitações foram atendidas e o índice vem caindo mês a mês. Os dados são os mais atuais fornecidos pela Prefeitura.

Em janeiro de 2016, ainda na gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT) 71% das 82,1 mil solicitações recebidas foram atendidas. A média de atendimento do programa nos anos anteriores foi de 50%. Hoje, o acúmulo de pedidos não respondidos no canal já ultrapassa 500 mil. Os dados foram obtidos pelo Estado por meio da Lei de Acesso à Informação.

Reportagem publicada pelo Estado em maio apontou que as principais reclamações do 156 estão concentradas em questões de zeladoria: poda de árvore e tapa-buraco são os mais demandados. Também figuram no "ranking" das reclamações a construção e reforma de calçadas em áreas públicas e praças, recapeamento, capinação e roçada, entre outros.

O Estado também revelou, nesta quarta-feira, que 8 de 9 as atividades de zeladoria pioraram na gestão do prefeito João Doria, na comparação de janeiro a agosto deste ano e de 2016. Leia o texto aqui.

A Prefeitura culpa a gestão Haddad. "Vale esclarecer que também houve um déficit de R$ 7,5 bilhões no orçamento que inviabilizou, dentre outros serviços, o atendimento dos pedidos do 156 na velocidade adequada", diz a gestão do prefeito João Doria. O ex-prefeito, por sua assessoria de imprensa, refuta a informação. "Um aumento de quase 200 mil reclamações tem a ver com o estilo de administrar do atual prefeito, que despreza mecanismos públicos de consulta e informação.”

Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo.

NOTÍCIA RELACIONADA

Sob Doria, serviços de manutenção de ruas e calçadas em SP têm queda 

 

Compartilhe este artigo