DO "AGORA"
Com 104 quilômetros rodados na última semana em 14 das principais avenidas da cidade a reportagem do "Agora" encontrou 170 problemas graves, como buracos, crateras, ondulações na pista e degraus em bueiros, que comprometem o desempenho do trânsito e também o conforto e a segurança dos motoristas e passageiros. A média é de mais de três grandes falhas a cada 2 km.
A zona leste tem as avenidas em pior estado. A Celso Garcia e a São Miguel têm um terço dos problemas encontrados em toda a cidade.
A Celso Garcia, com 6,2 km de extensão, tem remendos mal executados e buracos. Em um ponto, um buraco é tão profundo e largo que os ônibus que passam por ali são obrigados a invadir a pista do outro lado.
Na zona oeste a situação não é muito melhor. Uma das principais avenidas locais, a Corifeu de Azevedo Marques, tem a pista da direita comprometida por remendos com ressaltos nos dois sentidos. Também não faltam buracos e ondulações.
Na zona norte, a avenida Fuad Lutfalla, com apenas 1,8 km de extensão, tem muitos buracos e ondulações. Uma cratera, na altura do 1043, força os motoristas a reduzir bastante a velocidade.
A estrada do M'Boi Mirim, na zona sul, foi a avenida campeã de atropelamentos em 2016, e está, também, em primeiro lugar em falhas no asfalto na região.
Já a marginal Tietê tem poucos problemas em relação à sua extensão, de 23 kms. O pior trecho fica próximo à ponte dos Remédios.
A Secretaria Municipal das Prefeituras Regionais, da gestão João Doria (PSDB), informou, por meio de nota, que está realizando desde setembro um mutirão de vistorias em toda a cidade para solucionar casos como os apontados pela reportagem. "Mais de 300 engenheiros e agentes de apoio estão percorrendo as ruas para avaliar os cerca de 53 mil pedidos (de tapa-buraco) existentes no 156. A expectativa é que a demanda de buracos na cidade seja zerada "em cerca de 40 dias". A secretaria afirma ainda que a segunda etapa do programa Asfalto Novo terá investimento de 350 milhões, sendo R$ 210 milhões do fundo de multas, R$ 100 milhões do Tesouro Municipal e R$ 40 milhões da SPTrans (São Paulo Transportes). Sobre os bueiros, as respectivas prefeituras regionais afirmaram que farão vistorias nos locais apontados pela reportagem.
Matéria publicada na Folha de S. Paulo.