Este é um dos dados do novo Mapa da Desigualdade da Cidade, divulgado nesta terça-feira (24/10) pela Rede Nossa São Paulo.
Por Airton Goes, da Rede Nossa São Paulo
A nova edição do Mapa da Desigualdade da Cidade, divulgada nesta terça-feira (24/10) pela Rede Nossa São Paulo, escancara as enormes diferenças econômicas, sociais, culturais e de equipamentos públicos existentes entre os 96 distritos da capital paulista.
Um dos dados do levantamento revela, por exemplo, que o indicador de gravidez na adolescência é de 0,887 em Moema (na região nobre da cidade). Por outro lado, no distrito de Marsilac, no extremo sul da cidade, esse índice sobe para 22,88.
A diferença entre o melhor e o pior indicador, que o Mapa da Desigualdade chama de “desigualtômetro”, é de 25,79. Em outras palavras, o percentual de adolescentes grávidas é quase 26 vezes maior na região de Marsilac em comparação com Moema.
O indicador de gravidez na adolescência considerou o percentual de nascidos vivos em 2016 cujas mães tinham 19 anos ou menos, sobre o total de nascidos vivos de mães residentes.
Outro indicador que continua a despertar a atenção na versão atualizada do Mapa da Desigualdade é a idade média ao morrer. Em 2016, o melhor índice foi registrado no Jardim Paulista, distrito onde as pessoas, em média, morreram com 79,40 anos. Já no Jardim Ângela, região da periferia da cidade, as pessoas morreram, em média, com 55,70 anos.
O “desigualtômetro” entre os dois distritos (1,43) revela que o residente do Jardim Paulista vive, em média, 43% a mais que o morador do Jardim Ângela.
Esse indicador ganha ainda mais relevância nesse momento, em que o Congresso Nacional discute a proposta de Reforma da Previdência encaminhada pelo Governo Federal.
Comparando os diversos indicadores divulgados pela Rede Nossa São Paulo, é possível entender ainda que diversas desigualdades são cumulativas. O distrito com o pior índice de gravidez na adolescência, Marsilac, é também o de menor remuneração média por emprego formal.
De acordo com o Mapa da Desigualdade, em dezembro de 2015 (último ano disponível) a remuneração média dos habitantes daquela região foi de R$ 1.287,32. Na outra ponta, os moradores do Campo Belo, com R$ 10.079,98, receberam os melhores salários. O “desigualtômetro” entre o pior e o melhor indicador ficou em 7,83.
Confira aqui a apresentação do novo Mapa da Desigualdade da Cidade de São Paulo, que foi lançado nesta terça-feira (24/10) em evento público promovido pela Rede Nossa São Paulo, com o apoio da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (FESPSP).
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Confira a repercussão na mídia:
"Esperei 4 anos", diz moradora de bairro em SP onde faltam vagas em creches – UOL
Região Central de São Paulo tem muita pobreza e é reduto de imigrantes (SPTV 1ª Edição)
Brás, no Centro, lidera ranking de homicídios em São Paulo (CBN)
Jovem tem 17 vezes mais chances de morrer no Brás que na Vila Matilde (Folha de S. Paulo)
Diferença na renda formal entre bairros de SP é de quase 8 vezes, diz ONG (UOL Notícias)
Mulheres negras são as que mais sofrem com desigualdade em SP, aponta pesquisa (G1 Notícias)
Média de salário em SP vai de R$ 1,2 mil em Marsilac a R$ 10 mil no Campo Belo (G1 Notícias)
Brás registra mais de 31 vezes o índice de homicídios da Mooca em SP, diz pesquisa (G1 Notícias)
Guaianases tem o menor tempo de espera na fila da creche em SP (G1 Notícias)
Morador de área rica de SP vive 23,7 anos a mais que o de periferia, diz estudo (Agência Brasil)
Expectativa de vida despenca em alguns bairros da capital, mostra o Mapa da Desigualdade (SPTV)
Mapa da Desigualdade – Jornal da Record – minuto 33
Pesquisa desenha o mapa da desigualdade em São Paulo
Mapa da desigualdade: diferença de salários e expectativa de vida são grandes na capital (SPTV)
Mapa da Desigualdade em São Paulo (TV Gazeta)
Moradores da periferia vivem 21 anos a menos que paulistanos de bairros ricos (CBN)
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Morador da periferia vive 24 anos menos que de área nobre (DCI)
Jovem tem 17 vezes mais chances de morrer no Brás que na Vila Matilde (FOLHA)
Morador dos Jardins vive 24 anos a mais do que o do Jardim Ângela, diz pesquisa (ESTADÃO)
Morador de área rica de SP vive 23,7 anos a mais, diz estudo (TERRA)
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