A ideia é pulverizar 49% do capital da companhia de saneamento e deixar 51% sob a tutela do governo paulista
Denise Luna, O Estado de S.Paulo
O governador de São Paulo e pré-candidato à Presidência da República, Geraldo Alckmin, disse que aguarda apenas a definição do governo federal sobre o prazo de concessão para privatizar a Companhia Energética de São Paulo (Cesp), mas a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) depende somente do governo estadual e irá a leilão no início de 2018.
A ideia, segundo o governador, é pulverizar 49% do capital da Sabesp e deixar 51% sob a tutela do governo paulista. Já a Cesp será totalmente privatizada, também em leilão, e o novo dono poderá ganhar prazo de mais 20 anos para exploração do ativo.
"São modelos distintos. A Sabesp estamos estudando criar uma holding e colocar as ações no mercado, e ter subsidiárias integrais, com governo mantendo o controle. A Cesp vamos fazer privatização", explicou a jornalistas, após participar de evento promovido pelo jornal O Globo. "É tudo para o começo do ano que vem", completou.
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No debate, Alckmin afirmou que tem intenção de reduzir o tamanho do Estado na economia e ressaltou a péssima situação fiscal que o Brasil vive hoje.
"O Brasil é um dos países mais injustos do mundo, da maneira como arrecada e da maneira como devolve os recursos", afirmou, lembrando que quando o PSDB foi governo "privatizamos tudo, só não privatizamos o que não tinha comprador".
Matéria publicada no jornal O Estado de S. Paulo.
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