Folha de S. Paulo
O prefeito João Doria (PSDB) afirmou na sexta-feira (15) que não irá sancionar o projeto de lei que prevê a volta da inspeção veicular na cidade de São Paulo.
A declaração foi dada em entrevista à Rádio Bandeirantes.
O projeto foi aprovado pela Câmara Municipal na quinta (14) e prevê o retorno da fiscalização até 2019, com multas que chegam a até R$ 5.000 por veículo em caso de infrações.
Doria justificou sua posição citando a ausência de normas do gênero em outras cidades da Grande São Paulo. "Quem mora em Osasco, Cotia, São Bernardo, Santo André, Ribeirão Pires não faz? Tem que valer para todos. Nesta forma, não [aprovaria]. É absolutamente inócuo."
A afirmação é uma guinada em relação a manifestações anteriores do prefeito. Desde a campanha eleitoral, ele vinha se expressando favoravelmente ao retorno da inspeção.
Proposto por Milton Leite (DEM), presidente da casa, e pelo vereador Gilberto Natalini (PV), o projeto de lei atinge todos os veículos registrados no município e com mais de três anos de fabricação. No caso das motos, o limite será de dois anos de fabricação. A determinação é que a inspeção seja realizada a cada dois anos.
Recentemente, o Contran (Conselho Nacional de Trânsito), ligado ao Ministério das Cidades da gestão Michel Temer, determinou que a inspeção veicular de emissões e de segurança passará a ser obrigatória no Brasil partir de 2020.
Em São Paulo, a fiscalização havia sido interrompida pela gestão Fernando Haddad (PT) em 2014 após uma série de suspeitas sobre os contratos de serviço.
Matéria publicada na Folha de S. Paulo.
