Por Bárbara Libório, do Aos Fatos – portal Uol
Completa-se em janeiro de 2018 um ano da gestão do tucano João Doria à frente da Prefeitura de São Paulo. Foram 12 meses marcados por altos e baixos na popularidade do prefeito, que teve uma campanha marcada por promessas em relação a educação, transporte, obras públicas, impostos e combate à corrupção.
O Aos Fatos, em parceria com o UOL, checou dez das promessas feitas por ele para sua gestão e verificou seus andamentos. Algumas foram cumpridas. Outras, no entanto, estão longe da meta final. Entre os maiores desafios de Doria estão a fila das creches públicas, a melhoria do transporte público e a construção de piscinões e reservatórios de água.
"No prazo máximo de um ano, [vamos] zerar o deficit das 103 mil crianças fora de creches."
EM CURSO: Doria ainda não conseguiu cumprir essa promessa. Quando assumiu, o prefeito revisou para 65,5 mil vagas o deficit deixado pelo ex-prefeito Fernando Haddad (PT).
Em março deste ano, ele estendeu o prazo para o cumprimento dessa meta para 30 de março de 2018.
Os últimos dados da Secretaria Municipal de Educação são de setembro deste ano e dão conta de uma demanda de 132.365 crianças para vagas em creches.
Até setembro, a gestão de Doria havia criado pouco mais de 7.000 vagas. Em dezembro de 2016, eram 284.217 matrículas. Em setembro deste ano, 291.979 –o cálculo foi feito com a soma das matrículas e das matrículas em processo que, segundo a prefeitura, são consideradas vagas garantidas.
Outro lado: A prefeitura contestou o número, afirmando que a Secretaria Municipal de Educação, em 11 meses de gestão, já chegou à marca de 18.242 vagas de creche criadas e que a meta da gestão é criar 85 mil vagas até 2020, o que corresponde a 20 mil vagas a mais do que a fila deixada em dezembro de 2016 pela gestão anterior.
"Temos que valorizar a controladoria. Estimular sua ação, instrumentar e digitalizar a ação da Controladoria para que a Prefeitura de São Paulo possa fazer todos os seus procedimentos com decência, transparência e honestidade."
DESCUMPRIU: Recém-eleito, o prefeito rebaixou o órgão de combate à corrupção a um departamento da Secretaria Municipal de Justiça criada por ele.
Mas a maior polêmica aconteceu em agosto deste ano, quando o prefeito demitiu a procuradora Laura Mendes de Barros do cargo de controladora-geral do município.
A ação aconteceu duas semanas depois de ter sido aberta uma investigação na pasta, sob comando dela, sobre as suspeitas de cobrança de propina, por parte de servidores municipais, para liberar a utilização de propaganda irregular na capital.
O orçamento não aumentou. Na proposta enviada pela gestão de Doria à Câmara Municipal, há cortes nas despesas da CGM. O órgão, que em 2017 teve um orçamento aprovado de R$ 34,5 milhões, aparece na proposta para 2018 com um orçamento de R$ 32,3 milhões. No texto aprovado em primeiro turno pelos vereadores, no último dia 6, esse foi o valor destinado à pasta.
Outro lado: A equipe de imprensa da prefeitura afirmou que Controladoria Geral do Município foi "efetivamente valorizada e fortalecida". Disse que neste ano 20 auditores foram convocados e mais 40 serão contratados em 2018 e 2019.
Além disso, o Gabinete do Controlador passou a contar com mais dois procuradores do município com larga experiência na área de controle. Segundo eles, "estão em andamento diversos estudos e tratativas com empresas privadas da área de tecnologia para que sejam implementadas novas ferramentas com foco na prevenção e na detecção de fraudes e condutas ilícitas".
Referente à execução orçamentária, a prefeitura afirmou que "todas as unidades da prefeitura tiveram uma redução de aproximadamente 25% por conta do orçamento herdado em que as despesas foram subestimadas e as receitas superestimadas".
Já sobre o desligamento da procuradora Laura Mendes Amando de Barros, a prefeitura diz que ela deixou o cargo por razões administrativas/operacionais.
Confira aqui a reportagem completa publicada no portal UOL, com o balanço de dez promessas feitas por João Doria.