Segundo dados da SPTrans, média das viagens foi de 22,43 km/h, contra 23,38 km/h no ano anterior. Passagem sobe para R$ 4 no próximo domingo (7).
Por Mitchel Diniz e Léo Arcoverde, GloboNews
A velocidade média nos corredores de ônibus de São Paulo em 2017 foi a menor registrada nos últimos quatro anos, segundo dados da própria SPTrans, a empresa municipal de transporte.
Em 2017, a velocidade dos coletivos nas pistas segregadas para o transporte público foi de 22,43 km/h em média. Em 2016, esse número era de 23,38 km/h.
Nos anos de 2014 e 2015, a média nos corredores havia sido de 23,42 km/h e 24,02 km/h, respectivamente.
Os dados foram obtidos pela GloboNews por meio da Lei de Acesso à Informação.
O presidente da SPTrans, José Carlos Martinelli, creditou a redução da velocidade às obras de manutenção do asfalto e ao aumento do tempo de travessia dos pedestres em diferentes vias.
"Nós melhoramos muito a manutenção do piso, e essas intervenções causam uma piora temporária [na velocidade]", afirmou à GloboNews.
Para Martinelli, a queda no desempenho em relação a 2016 é "pequena".
"De uma maneira geral, nas condições que os nossos corredores operam, essa velocidade em torno de 20 km/h de média é uma velocidade comercial boa, porque é uma velocidade que leva em conta todas as paradas que o ônibus faz para que os passageiros acessem e desçam do veículo", disse à GloboNews.
Apartir de domingo (7), a gestão Doria (PSDB) vai aumentar a passagem de ônibus na cidade de São Paulo de R$ 3,80 para R$ 4.
Táxis
Questionado sobre a permissão concedida aos táxis de usarem as vias segregadas, regulamentada ainda na gestão Haddad (PT), o presidente da SPTrans acredita que não é possível ter certeza de que a medida contribuiu para a redução da velocidade média.
“Na nossa avaliação, os táxis, ao longo da história dos corredores de São Paulo, já estiveram presentes e saíram várias vezes” disse Martinelli. “Não dá pra gente ter uma assertiva de que são os táxis o principal problema.”
Procurado, o ex-secretário de Transportes de Fernando Haddad, Jilmar Tatto, disse que "estudos realizados mostraram que o impacto não era significativo na velocidade média dos coletivos".
"Além disso, seriam feitas avaliações todos os anos seguintes para verificar a continuidade dessa liberação", afirmou Tatto à GloboNews, por telefone.
Até 2016, a Prefeitura de São Paulo havia estipulado atingir uma velocidade média de 25 km/h nos corredores, segundo o Plano de Metas.
Matéria publicada no portal G1.