Disponível na plataforma Gestão Urbana até 6 de julho, a ferramenta participativa tem como objetivo coletar contribuições da população para informar e subsidiar os trabalhos de desenvolvimento do projeto
A Prefeitura de São Paulo, por meio da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento (SMUL) e da SP-Urbanismo, acaba de publicar consulta pública para o Projeto de Intervenção Urbana (PIU) Anhembi.,
Disponível no Gestão Urbana entre 15 de junho e 6 de julho, a ferramenta participativa apresenta, dentre outros conteúdos, o diagnóstico socioterritorial e o programa de interesse público do projeto. A consulta tem como objetivo coletar contribuições da população para informar e subsidiar os trabalhos de desenvolvimento do PIU.
Histórico
A elaboração de um Projeto de Intervenção Urbana (PIU) para a Zona de Ocupação Especial (ZOE) do Anhembi está prevista na Lei nº 16.886, sancionada em 5 de maio de 2018. Essa lei foi construída junto à população, por meio de consulta pública aberta no Gestão Urbana entre os dias 14 de dezembro de 2017 e 5 de fevereiro de 2018 e de audiências públicas, tanto no âmbito do Executivo, quanto na Câmara Municipal.
O texto da Lei previu a manutenção do potencial construtivo definido pela Lei de Parcelamento, Uso e Ocupação do Solo (LPUOS), a Lei de Zoneamento, para a ZOE do Anhembi em 1 milhão de metros quadrados. Detalhou, ainda, o perímetro da área, definindo dois setores: Setor Centro de Convenções e Exposições e o Setor Sambódromo. Este último, não considerado nos estudos que definiram o potencial construtivo para a ZOE na Lei de Zoneamento, teve seu potencial construtivo fixado em 400 mil metros quadrados, o que constituiu novidade em relação à regulação anterior.
Além disso, a Lei trouxe outros parâmetros urbanísticos, como taxa de ocupação, de permeabilidade e destinação de áreas públicas, que estão sendo detalhados por meio do PIU em discussão.
Objetivos e Diretrizes
O PIU Anhembi tem, dentre outros objetivos, propiciar a modernização do Complexo, fortalecendo, assim, São Paulo na disputa com outras cidades do mundo por grandes eventos; socializar os ganhos de produção da cidade, por meio da recuperação da valorização imobiliária verificada no âmbito do PIU, além de viabilizar o desenvolvimento urbano prescrito no Plano Diretor Estratégico para esse território, observadas as vocações locais, a capacidade da infraestrutura e as demandas populacionais presentes.
Em relação às diretrizes urbanísticas, foram consideradas duas escalas de atuação já previstas para o PIU Anhembi na Lei n° 16.866: o Perímetro de Abrangência e o Perímetro Expandido. O primeiro é composto exclusivamente pelo Complexo do Anhembi. Já o segundo, além de também envolver esse equipamento, contempla, dentre outros locais, o Terminal Tietê, o Parque da Juventude e o Campo de Marte.
Para o Perímetro de Abrangência, busca-se, por exemplo, articular o complexo do Anhembi com o entorno, modernizar o Palácio de Convenções e o Pavilhão de Exposições Norte-Sul, qualificar a paisagem e recuperar ambientalmente as áreas livres na gleba do Anhembi, bem como estabelecer novas travessias para o pedestre e o ciclista sobre o rio Tietê e as avenidas marginais.
Com relação ao Perímetro Expandido, o objetivo é prover o equilíbrio da oferta e demanda por equipamentos públicos, promover a urbanização, regularização fundiária e recuperação dos assentamentos precários localizados dentro e fora das Zonas Especiais de Interesse Social (ZEIS 1), implementar Habitação de Interesse Social, implantar corredores de ônibus previstos no Plano Diretor Estratégico (PDE), criar praças e parques, dentre outros.
A esses objetivos poderão somar-se outros que surjam durante o processo participativo, que terá como principal meta qualificar o projeto, tornando-o apto a entregar à população de São Paulo as intervenções necessárias à melhoria das condições de vida locais e regionais e à promoção do desenvolvimento econômico da metrópole.
Informações publicadas na plataforma Gestão Urbana, da Prefeitura de São Paulo.