Estudo também aponta que cerca de ¼ das mulheres sofreu algum tipo de preconceito ou discriminação no ambiente de trabalho por ser mulher
A pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher e a Cidade”, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o IBOPE Inteligência, traz dados sobre a qualidade de vida das mulheres na capital paulista e evidencia a desigualdade de gênero na cidade.
Dados sobre diferentes tipos de assédio sofridos pelas paulistanas continuam chamando a atenção: ao todo, 52% das mulheres declaram já ter sofrido algum tipo de assédio, sendo 38% dentro de transporte coletivo – um aumento de 13% em relação a 2018. A pesquisa também revela que 44% das paulistanas acreditam correr mais risco de sofrer algum tipo de assédio no transporte público e 23% acredita ser na rua.
O ambiente de trabalho também é um cenário que evidencia a desigualdade de gênero na cidade: cerca de ¼ das mulheres declaram ter sofrido algum tipo de preconceito ou discriminação no ambiente de trabalho por ser mulher, o que significa um aumento de 5% em relação à pesquisa realizada em 2018. Entre essas, 30% têm entre 16 e 34 anos e 35% têm ensino superior completo.
A pesquisa também aponta que 26% das mulheres afirmam se sentir mais à vontade para denunciar casos de assédio e violência pelo telefone (centrais de atendimento, como 180 e 181); 24% presencialmente em delegacias voltadas ao público feminino; 18% por aplicativos de celular; 14% pela internet (e-mail, páginas ou redes sociais); e 6% em ONGs que atuam para auxiliar mulheres que passam por casos de assédio ou violência.
Entre as mulheres que se sentem mais à vontade para denunciar presencialmente nas delegacias, 31% são da classe C e 30% pretas e pardas.
Sobre o cuidado com filhos(as), a pesquisa aponta que 36% das mulheres fica mais com o(a) filho(a) do que a outra pessoa que cuida e 33% das mulheres não divide cuidados com ninguém. Ou seja, 69% das mulheres cuidam sozinhas ou quase sozinhas dos(as) filhos(as).
Apresentação da pesquisa “Viver em São Paulo: Mulher e a Cidade”