Análise da pesquisa “Viver em São Paulo: Meio Ambiente”

A pesquisa “Viver em São Paulo: Meio Ambiente”, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope Inteligência, apresenta dados sobre a percepção e hábitos de paulistanos e paulistanas acerca do tema.

Manutenção das praças

Para a população paulistana, a manutenção e preservação de praças da cidade está aquém do esperado. A pesquisa aponta que 53% das pessoas entrevistadas avaliam a manutenção e preservação das praças da cidade como ruim ou péssima, ao passo que apenas 11% afirmam que é ótima ou boa. Ainda, 35% dos entrevistados respondem que a manutenção é regular.

Quando analisamos esses dados por segmento, observamos que o grupo que mais responde que a manutenção das praças é ótima ou boa é representado pelos mais jovens, de faixa etária entre 16 a 24 anos, e com renda familiar de até 2 salários mínimos. Já o grupo que aponta que as praças têm estado de conservação ruim ou péssima é composto por adultos, de 35 a 44 anos, e de classe B.

Concessão de parques municipais

Os dados também revelam que a maioria dos paulistanos e paulistanas é favorável à medida da Prefeitura de conceder os parques municipais à iniciativa privada. A favorabilidade à proposta é de 60%, enquanto 31% são contra e 10% não sabem ou preferiram não responder à questão. Isso demonstra que, por mais que a maioria da população apoie a medida, um terço é contrário e 1 em cada 10 pessoas não opinou.

Quando analisamos os dados regionalmente, observamos que a população da região Sul é a que mais apoia a medida, com 65%, e a da região Norte é a mais contrária, com 39%.

Os grupos que se destacam no apoio à concessão dos parques são o de adultos de 45 a 54 anos, e o segmento da população com escolaridade até o Ensino Fundamental. Já o grupo contrário que se destaca é caracterizado pelos jovens de 16 a 24 anos.

Com isso, é possível entender que a maior favorabilidade em relação às concessões dos parques para a iniciativa privada indica que a população tem a expectativa de uma melhor atuação na zeladoria desses espaços em comparação ao que a administração municipal apresenta atualmente. Assim, esta percepção pode estar associada aos casos de abandono e falta de manutenção de praças e parques.

Combate às enchentes

A pesquisa revela que 7 em cada 10 paulistanos e paulistanas (74%) avaliam de maneira negativa a atuação da Prefeitura no combate às enchentes. Somado a isso, 18% dizem que a atuação da gestão municipal é regular. Apenas 7% avalia a atuação da Prefeitura como ótima e boa.

Destacam-se neste item os segmentos que avaliam a atuação da Prefeitura de maneira negativa a população preta e parda, com Ensino Fundamental e da classe C.

Quando analisamos conjuntamente as respostas para a atuação da Prefeitura no que diz respeito à manutenção de praças e combate às enchentes, notamos que quase metade da população (45%) avalia negativamente a Prefeitura nos dois aspectos.

Separação do lixo e reciclagem

Mais da metade dos entrevistados e entrevistadas (61%) afirmam que separam o lixo reciclável do orgânico em suas casas, enquanto pouco mais de um terço (38%) dizem não separar. Observa-se nesta questão o crescimento das pessoas que afirmam fazer essa separação em relação a 2018, quando 57% dos entrevistados responderam positivamente – o que representa um crescimento de 4%. Ao mesmo tempo, cai o número de quem diz não fazer a separação, que no ano passado representava 42%.

Quando analisamos esses dados regionalmente, observamos que as regiões Sul, Norte e Centro aumentaram a parcela da população que faz a separação em casa do lixo reciclável, enquanto a região Oeste diminuiu o grupo que respondeu positivamente, passando de 75% para 66% em relação ao ano passado.

Descarte do lixo reciclável

Com relação ao descarte do lixo reciclável, entre as pessoas que fazem a separação em casa, 37% afirmam que o fazem por meio dos caminhões da Prefeitura, e 31% pelos catadores de recicláveis. Num patamar abaixo, 16% afirmam que levam a algum ponto de reciclagem, 8% para alguma associação ou cooperativa e 5% para outros locais de coleta.

Destaca-se a queda de 1% que entregam o lixo reciclável para os caminhões da Prefeitura e o crescimento de 3% para quem descarta os recicláveis a catadores, ambos em relação ao ano passado.

O aumento do percentual daqueles que separam o material reciclável dos materiais não recicláveis de sua casa evidencia um possível crescimento da demanda por meios alternativos de coleta seletiva, que também é demonstrado pela diminuição da coleta seletiva pelos caminhões da prefeitura, principalmente nas regiões Leste e Norte, e aumento da coleta por catadores e pelo próprio munícipe que leva o material até um ponto de reciclagem.

 

Veja também:

Apresentação da pesquisa “Viver em São Paulo: Meio Ambiente”
Pesquisa completa “Viver em São Paulo: Meio Ambiente”

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