Evento contou com a participação de candidatas e candidatos à Prefeitura de São Paulo
O Mapa da Desigualdade 2020 foi lançado no dia 29 de outubro, em evento virtual que contou com a participação dos candidatos que estão à frente nas pesquisas de intenção de voto das eleições municipais de São Paulo. Por limitações técnicas, tivemos que definir um critério objetivo para fazer os convites para o primeiro evento. Porém, entendemos que esse critério limitou também pontos essenciais do que acreditamos e defendemos.
Assim, buscamos dar visibilidade para as candidaturas que não participaram do primeiro encontro, oferecendo o mesmo espaço para uma reflexão conjunta sobre os dados apresentados. No dia 4 de novembro, realizamos um segundo encontro virtual com mais candidatas e candidatos à Prefeitura de São Paulo.
Andrea Matarazzo (PSD), Antonio Carlos (PCO), Levy Fidelix (PRTB), Marina Helou (Rede Sustentabilidade), Orlando Silva (PCdoB) e Vera Lucia (PSTU) participaram do evento.
Durante o encontro, o coordenador geral do Instituto Cidades Sustentáveis, Jorge Abrahão, disse que “não é possível que essa cidade rica não saiba oferecer a todos os cidadãos e cidadãs um padrão digno de vida. Nós temos recursos para isso, a questão é como nós distribuímos esses recursos”.
Andrea Matarazzo falou sobre a relevância do Mapa da Desigualdade para a gestão pública e afirmou “olhar a cidade pelos indicadores piores e ter como meta os indicadores melhores”.
Já Antonio Carlos, questionou o processo democrático nessas eleições e falou que a “eleição é um sintoma muito claro da desigualdade que tem no país”.
O candidato Levy Fidelix defendeu o “emprego regionalizado”. “A Prefeitura precisa ser a promotora e a organizadora da sociedade. Cabe ao poder público se organizar, ter essa tarefa de linkar com a iniciativa privada que gera emprego”, disse.
Por sua vez, Marina Helou falou sobre “descentralizar o poder” e apresentou a proposta de “planos locais a partir dos territórios”. “Não dá para gente achar que em uma cidade com doze milhões de habitantes, com tantas diferenças entre as regiões, uma única solução vai acontecer”, apontou.
Orlando Silva enfatizou que é necessário “tirar do papel o Plano Diretor”. Segundo ele, o Plano “é adequado” e não foi implementado por estar “em choque com o avanço da especulação imobiliária que tem tomado conta da cidade”.
Vera Lúcia abordou os diferentes tipos de opressões existentes e defendeu que “conselhos populares, a luta contra o machismo, o racismo, LGBTfobia e xenofobia devem ser medidas permanentes”.
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Mapa da Desigualdade 2020 – Mapas
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Mais sobre o Mapa da Desigualdade
Desde 2012, a Rede Nossa São Paulo elabora e divulga anualmente o Mapa da Desigualdade, um estudo que apresenta indicadores dos 96 distritos da capital paulista, compara os dados, e revela a distância socioeconômica entre as regiões com os melhores e piores indicadores.
Dessa forma, o Mapa pode ajudar a gestão municipal a identificar prioridades e necessidades da população e seus distritos. Ao contribuir para o entendimento de dinâmicas importantes da cidade, também se coloca como um instrumento para a elaboração de políticas públicas mais inclusivas e a construção de planos setoriais mais integrados.
O Mapa, também, preenche uma lacuna em termos de difusão de informações públicas, amplia o alcance do conhecimento sobre territórios e facilita a assimilação dos dados disponíveis.