A pesquisa “Viver em São Paulo: Meio Ambiente”, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o IPEC – Inteligência em Pesquisa e Consultoria, apresenta dados sobre a percepção da população paulistana acerca de diferentes aspectos relacionados ao tema.
Confira alguns destaques.
Aquecimento global e mudanças climáticas
Apenas 29% da população paulistana afirma conhecer muito sobre aquecimento global ou mudanças climáticas; 59% dizem conhecer pouco e 13% nada. Porém, 80% consideram a questão do aquecimento global ou mudanças climáticas muito importante e 62% declaram ter muita preocupação com o tema.
O levantamento também mostra que 81% concordam totalmente ou em parte que o Brasil está perdendo credibilidade internacional por sua atuação em relação às mudanças climáticas e com o aquecimento global.
Ainda, 61% concordam totalmente ou em parte que os seus hábitos de consumo estão relacionados estão relacionados com o desmatamento.
Questões ambientais na cidade de São Paulo
Dentre os nove itens avaliados na pesquisa, poluição do ar, dos rios e as enchentes são reconhecidos como os principais problemas ambientais da cidade, sendo mencionado por 59%, 54% e 43% das pessoas respectivamente. Ademais, 72% acreditam que os problemas ambientais de São Paulo são causados pelas ações humanas.
Falta de fiscalização do lançamento de esgotos em rios, queimadas e desmatamento e falta de educação ambiental se destacam entre ações humanas que influenciam muito no surgimento ou piora dos problemas ambientais da cidade – falta de fiscalização é citada por 84%, queimadas e desmatamento por 83% e falta de educação ambiental por 82%.
Como consequência dos problemas ambientais, maior parcela da população paulistana identifica o aumento de diversos tipos de doença, como as cardiorrespiratórias (59%), dengue, zika, chikungunya (53%), e doenças transmitidas pela água contaminada (47%).
Além disso, 63% concordam totalmente ou em parte que os problemas ambientais favorecem a existência de pandemias – entretanto, 59% acreditam que os problemas ambientais não têm relação com a pandemia causada pelo coronavírus.
Em consenso, para a população paulistana, as três esferas do governo têm responsabilidade na busca por soluções para os problemas ambientais da cidade – governo municipal 92% afirmam ter muita ou pouca responsabilidade; governo estadual 91%; e governo federal 89%. E 91% concordam totalmente ou em parte que é necessário articular as políticas municipais, estaduais e federais para dar conta de enfrentar os desafios ambientais da cidade de São Paulo.
Do mesmo modo, 90% concordam totalmente ou em parte que as soluções para os problemas ambientais precisam de integração entre as várias secretarias municipais.
Para além das esferas governamentais, as empresas, indústrias e a população de maior renda também teriam responsabilidade na busca por soluções para os problemas ambientais da cidade.
Para a população paulistana, despoluição dos rios e córregos é a política mais eficiente para resolver os problemas ambientais de São Paulo, sendo mencionada por 44% das pessoas entrevistadas.
Confira a apresentação da pesquisa
Metodologia
A pesquisa foi realizada entre os dias 12 e 29 de abril de 2021. Foram 800 entrevistas com pessoas maiores de 16 anos que moram na cidade de São Paulo. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.