A edição deste ano conta com indicadores de população, meio ambiente, mobilidade, direitos humanos, habitação, saúde, educação, cultura, esporte, trabalho e renda e infraestrutura
O Mapa da Desigualdade 2021, realizado pela Rede Nossa São Paulo, traz dados que retratam a realidade dos distritos da capital paulista. O Mapa utiliza fontes públicas e oficiais, identifica prioridades e necessidades da população e, dessa forma, pode auxiliar na gestão e no planejamento municipal.
Com dados sobre os 96 distritos, a edição deste ano conta com indicadores dos seguintes temas: população; meio ambiente; mobilidade; direitos humanos; habitação; saúde; educação; cultura; esporte; trabalho e renda; e infraestrutura.
A edição conta com novos indicadores como por exemplo “Agressões por intervenção policial” e “Mortes por intervenção policial”, ambos produzidos em parceria com a pesquisadora e especialista em violência, segurança pública e direitos humanos, Roberta Alstolfi.
Confira alguns destaques.
Direitos humanos
Em comparação com os dados de 2019 dos casos de feminicídio, houve um aumento de 2,6 vezes no desigualtômetro. Esse acréscimo se dá em boa parte pelo aumento expressivo de dos números no distrito de Guaianases, que chegou a 9,55 – o indicador é calculado com base no número total de mulheres vítimas de feminícidio para cada dez mil mulheres residentes do distrito entre 20 e 59 anos.
Em 2020, a Sé foi o distrito com maior número de agressões por intervenção policial (13,9) e por mortes por intervenção policial (também 13,9) – coeficiente de agressões decorrentes de intervenção policial registradas nas unidades de saúde para cada 100 mil habitantes, por distrito; e coeficiente de casos registrados em boletins de ocorrência na categoria mortes decorrentes de intervenção policial (MDIP) para cada 100 mil habitantes, por distrito.
Saúde
Um dos indicadores novos é o Mortalidade por Covid-19, que analisa o peso proporcional de mortes por Covid-19 em 2020 em relação a todos os óbitos ocorridos no mesmo distrito. Em 2020, os distritos que concentram maior proporção de óbitos são distritos com demografia mais jovem, como por exemplo o distrito de Iguatemi (com 48,7% de jovens e- 20,8% de óbitos por covid-19), essa distribuição vai na contramão dos grupos de maior risco da doença (os mais idosos), evidenciando que o fator território teve peso significativo.
O distrito em que as pessoas vivem mais é Alto de Pinheiros, no qual a idade média ao morrer é 80,9. Enquanto o distrito em que as pessoas vivem menos é Cidade Tiradentes, no qual a idade média ao morrer é 58,3. A média da cidade de São Paulo é 68,2.
Ocorrências no trânsito
O distrito da Sé concentra a maior taxa de ocorrências de trânsito com vítimas para cada dez mil habitantes (38,2), enquanto São Rafael tem a menor taxa (3,4). Quando falamos de mortes no trânsito, Jaguará tem o maior coeficiente (41,8) e Marsilac o menor (0).
Trabalho e renda
A Sé também é o distrito com maior taxa de oferta de emprego formal (112); enquanto Iguatemi é o que tem a menor taxa (0,4) – taxa de oferta de emprego formal por dez mil habitantes participantes da população em idade ativa por distrito.
Infraestrutura
A média de acesso à internet móvel por área em São Paulo – distribuição de antenas de internet móvel por km2 por distrito – é 4,0. O distrito com maior acesso é Itaim Bibi (48,3), enquanto o com menor acesso é Marsilac (apenas 0,02).
Confira os documentos completos e saiba mais:
Mapa da Desigualdade (Mapas)
Mapa da Desigualdade (Tabelas)
Live de lançamento explicando a metodologia