A Rede Nossa São Paulo lançou na última terça-feira (24/1) a pesquisa Viver em São
Paulo: Qualidade de Vida, em evento presencial no Sesc Bom Retiro. Realizado em
parceria com o Ipec – Inteligência em Pesquisa e Consultoria Estratégica, o trabalho
apresentou a percepção dos moradores da cidade sobre temas como bem-estar,
confiança nas instituições, avaliação da administração municipal (incluindo o poder
legislativo) e investimentos públicos em áreas como saúde, educação, transportes,
moradia, espaços públicos e cultura, entre outras.
Após a apresentação, houve um debate sobe os resultados da pesquisa. Participaram
da mesa Guilherme Boulos, deputado federal eleito por São Paulo, Wellyenne Bravo,
membro do Conselho Participativo Municipal, e Jorge Abrahão, coordenador-geral do
Instituto Cidades Sustentáveis e da Rede Nossa São Paulo. A mediação foi feita por
Manoela Cruz, membro do Conselho Municipal de Promoção da Igualdade Racial.
Veja alguns resultados da pesquisa:
- 51% dos moradores de São Paulo dizem que a qualidade de vida na cidade
permaneceu estável no último ano; 25% avaliam que piorou um pouco ou piorou
muito; 24% dizem que melhorou um pouco ou melhorou muito; - 35% dizem nenhuma instituição contribui para melhorar a qualidade de vida na
cidade; dentre as instituições mais bem avaliadas, estão: a prefeitura (15%); ONGs de
bairro e Igrejas (14% cada); e empresas e empresários (12%); - 61% dizem que sairiam da cidade, se pudessem;
- 44% avaliam a administração municipal como ruim ou péssima; outros 44% avaliam
como regular; e 9%, como ótima ou boa; - 45% acreditam que a administração municipal é pouco transparente; 43%, nada
transparente; e 4%, muito transparente; - 69% não lembram do voto para vereador nas eleições municipais de 2020;
- 54% avaliam que a atuação da Câmara Municipal é ruim ou péssima; 31%, regular; e
7%, boa ou ótima; - 64% dos moradores não têm vontade alguma de participar da vida política na cidade;
25%, pouca vontade; e 8%, muita vontade; - 75% dos moradores e moradoras acham que a geração de emprego deve ser a
primeira prioridade dos políticos; reduzir as desigualdades deve ser a segunda
prioridade para 70%; e combater o preconceito deve ser a terceirar prioridade para
39%;
Para acessar esses e outros resultados, gráficos e comparativos históricos, clique aqui.
Ao todo, foram entrevistadas 800 pessoas com 16 anos ou mais, em dezembro de
2022, de forma presencial e online.
A pesquisa Viver em São Paulo: Qualidade de Vida é realizada anualmente e conta com
a parceria do Sesc e apoio do Projeto CITinova. Com intervalo de confiança de 95%, a
margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos.