Conselhos de direitos humanos, saúde da mulher, mudanças no trânsito, desocupação nas margens do córrego Zavuvus foram os assuntos de destaque na audiência pública da subprefeitura de Santo Amaro sobre a Agenda 2012, realizada nesta quarta (29/4).
Formaram a mesa o subprefeito de Santo Amaro, Geraldo Mantovani Filho, alguns coordenadores de área da subprefeitura e o secretário adjunto do Planejamento, Mário Bérard. Após a exposição geral da Agenda 2012 – com destaques para algumas metas específicas para a região -, foi aberta a palavra para a platéia.
Cristina Antunes, integrante do GT Democracia Participativa do Movimento Nossa São Paulo e de organizações da sociedade civil em Santo Amaro, foi a primeira a falar. Reclamou que no ano passado diversas entidades apresentaram em conjunto à subprefeitura várias propostas “discutidas amplamente na comunidade” e algumas delas não estavam contempladas no programa de metas. Entre as metas, a criação dos Conselhos de Representantes nas subprefeituras, que também faz parte do documento entregue pelo Movimento Nossa São Paulo como sugestão ao programa da gestão municipal. Cristina questionou se os Conselhos de Direitos Humanos mencionado na Agenda 2012 teriam algum papel similar ao dos Conselhos de Representantes. Ao final da audiência, o secretário Bérard afirmou que vai tratar pessoalmente com o titular do Planejamento sobre as questões a fim de dar uma resposta às entidades.
Cristina também comentou sobre outra reivindicação do Movimento Nossa São Paulo – a de ser implantada a sala do cidadão nas subprefeituras, que seriam um “espaço de participação e de acompanhamento da gestão” pelos moradores. Não obteve resposta.
Outras sugestões se seguiram na audiência. A ampliação do atendimento de saúde à mulher foi pedida por várias moradoras em momentos diferentes. O subprefeito respondeu que vai encaminhar a solicitação à Secretaria Municipal de Saúde.
Moradores das margens do córrego Zavuvus manifestaram preocupação com notificações recebidas para desocuparem a área. O subprefeito disse que esse tema não deveria ser tratado naquela audiência e marcou um encontro para o dia 6 de maio para conversar com uma comissão de moradores sobre o assunto.
Luciana Sabra Vieira, presidente da Sociedade dos Amigos do Bairro do Jardim Marajoara, chamou a atenção para os problemas no trânsito gerados pela expansão imobiliária. Segundo ela, “as empresas vendem os apartamentos e não se coloca nenhuma contrapartida do sistema viário, o problema fica com as pessoas que já moram no local e para as subprefeituras.” Luciana também destacou a necessidade de preservar as ruas mais residenciais do tráfego para outros bairros como forma de restabelecer a tranqüilidade nestes locais.
Na audiência, também houve reivindicação para ampliação de vagas nas creches, melhoria na acessibilidade das calçadas para as pessoas com dificuldade de locomoção e medidas que estimulem a geração de empregos na região.
O secretário Mário Bérard encerrou a audiência afirmando que o programa de metas não é “uma coisa engessada, é passível de revisões” e que “há entendimento do Executivo de incorporar sugestões” dos moradores.
Conheça a Agenda 2012 – o programa de metas da Prefeitura de São Paulo