A Câmara encerrou o primeiro semestre deste ano com a votação, em um único dia, de 58 projetos, entre propostas do Executivo e dos 55 parlamentares que compõem a Casa. O pacotão passou pelo plenário em pouco mais de duas horas. Boa parte desse tempo foi dedicado à discussão da LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias).
A maioria dos textos segue para sanção ou veto do prefeito Fernando Haddad (PT) após votação simbólica. Ou seja, sem a necessidade da divulgação dos votos dos vereadores presentes.
Do total de projetos aprovados, seis dão nomes para ruas, praças e para o auditório do parque Ibirapuera, que agora passará a se chamar Oscar Niemeyer. O número representa 10% do pacotão do Legislativo.
Nessa lista ainda entram novas datas oficiais para o calendário de festividades da cidade. Agora, teremos um dia dedicado para o campeonato de kart, o Dia do Intercat (clubes de prestação de serviços do Rotary) e o dia da Revolução dos Cravos, que será comemorado em 25 de abril. A data marca o fim da ditadura de Antônio de Oliveira Salazar em Portugal.
Os parlamentares também estão preocupados com o sono e com a alimentação dos paulistanos. Um dos textos que segue para o prefeito proíbe a venda casada de brinquedos com alimentos.
A medida tem como alvo as redes de fast-food, conhecidas por suas campanhas para atrair crianças. A Casa também quer criar um programa para atendimento da população que sofre com apneia noturna.
O Legislativo decidiu ainda tentar colocar ordem na porta das padarias paulistanas. Um projeto de lei foi aprovado para regulamentar os estacionamentos em frente desses estabelecimentos.
Acompanhando os trabalhos da Casa diariamente, Sônia Barboza, do Movimento Voto Consciente, avalia que o primeiro semestre foi pouco produtivo.
“Os vereadores ficaram mais preocupados com as disputas políticas do que com os projetos de interesse da população.”
Ela acredita que o próximo semestre terá um queda acentuada no ritmo de trabalho dos parlamentares, já que muitos irão se dedicar às eleições para a Assembleia ou para a Câmara Federal.
Ao encerrar os trabalhos, o presidente da Câmara, José Américo (PT), afirmou que o primeiro semestre foi positivo. Ele citou a aprovação do Plano Diretor, que irá organizar o crescimento da cidade pelos próximos 16 anos.
Matéria originalmente publicada no jornal Metro