Resultados do levantamento, divulgados pela Rede Nossa São Paulo e pelo Ibope Inteligência, mostram que apenas 11% dos paulistanos confiam na Câmara Municipal e 23%, na Prefeitura.
Por Airton Goes, Rede Nossa São Paulo
Os resultados da pesquisa “Viver em São Paulo”, divulgados nesta quarta-feira (24/1) pela Rede Nossa São Paulo e Ibope Inteligência, mostram que os paulistanos têm baixa confiança nas instituições públicas.
Apenas 11% dos entrevistados dizem confiar na Câmara Municipal. O índice é 16% em relação ao Tribunal de Contas do Município (TCM) e de 19% para as prefeituras regionais. A Prefeitura de São Paulo tem a confiança de 23% dos paulistanos.
Entre as 13 instituições e empresas públicas incluídas no levantamento, somente o Metrô apresenta índice de confiança acima de 50% – 54% das pessoas dizem confiar na empresa.
Além de revelar o grau de confiança nas instituições e empresas públicas, a pesquisa “Viver em São Paulo” mostra a percepção dos paulistanos sobre temas relacionados à qualidade de vida, participação social e atendimento dos serviços públicos nas áreas da saúde, educação e segurança.
Foram entrevistadas 800 pessoas com 16 anos ou mais entre os dias 8 e 27 de dezembro de 2017. A margem de erro é de 3 pontos percentuais para mais ou para menos sobre os resultados encontrados no total da amostra.
Confira aqui a apresentação da pesquisa “Viver em São Paulo”
Outras conclusões da pesquisa:
– A nota para a qualidade de vida como um todo na cidade teve uma melhora, passando de 5,4 para 6,0.
– Sobre a qualidade de vida individual do entrevistado, 4% afirmam que “melhorou muito”; 17%, que “melhorou um pouco”; 41%, que “ficou estável”; 25%, que “piorou um pouco”; e 13%, que “piorou muito”.
– Sobre a possibilidade de viver em outra cidade, 61% afirmam que sairiam “se pudessem” e 39%, que “não sairiam”. Na edição anterior da pesquisa, 68% haviam afirmado que mudariam de SP e 30%, que não mudariam.
Avaliação do Poder Público Municipal
– A Administração Municipal é considerada “ótima/boa” por 15% dos entrevistados. 43% afirmaram ser “regular” e 41%, “ruim/péssima”.
– As prefeituras regionais são “ótimas/boas” para 12% dos entrevistados, “regulares” para 38% e “ruins/péssimas” para 46%.
– A Câmara dos Vereadores registra 5% de “ótima/boa”, 22% de “regular” e 67% de “ruim/péssima”.
– 92% dos entrevistados não participaram de qualquer atividade realizada na Câmara Municipal de São Paulo nos últimos 12 meses. E 55% não lembram em que vereador votou nas últimas eleições.
Saúde
– 84% dos entrevistados afirmam que utilizaram algum tipo de serviço público de saúde. É o maior percentual de toda a série histórica da pesquisa, um aumento de 10 pontos percentuais em relação à edição anterior. Entre os serviços mais demandados e que registraram maior aumento na utilização estão: distribuição gratuita de medicamentos (de 51% para 69%), atendimento ambulatorial (56% para 65%), consulta com especialistas (36% para 48%), atendimento de emergência (de 28% para 34%) e serviço odontológico (de 15% para 32%).
– O tempo médio entre a marcação de serviços de saúde aumentou consideravelmente. No setor público, a média para realização de consultas, passou de 82 para 160 dias; para exames, de 98 para 161 dias; e para procedimentos mais complexos, de 186 para 359 dias. No setor privado, o tempo médio para consultas passou de 15 para 70 dias; para exames, de 18 para 68 dias; e para procedimentos mais complexos, de 38 para 103 dias.
Educação
– Espera por vagas em creches municipais: 39% dos entrevistados dizem ter esperado por vagas em creches nos últimos anos. E 55% afirmam que não precisaram esperar. Essa pergunta considera somente os entrevistados que tenham filhos ou crianças em casa que precisam estudar em creches.
Entre os entrevistados que precisaram esperar por vagas em creches municipais, 56% afirmam ter esperado mais de 6 meses por uma vaga. O tempo médio de espera para vagas nas creches municipais é de 283 dias.
Segurança
– 25% dos entrevistados afirmam ter sofrido roubo ou furto nos últimos 12 meses. 14% sofreram algum tipo de preconceito ou discriminação; 8%, agressão física; e 5%, assédio sexual.
– Sobre o que provoca mais medo no dia-a-dia em São Paulo, “assalto/roubo” foi a primeira resposta de 68% dos entrevistados, seguida de “violência em geral” (58%), “sair à noite” (29%) e “tráfico de drogas” (28%).
– Ações mais importantes para diminuir a violência: “investir em educação de qualidade para jovens de baixa renda” ficou com 36%, “combater a corrupção na polícia e nos presídios” com 28%, “criar oportunidades de trabalho para jovens de baixa renda” com 26% ,“combater mais severamente o tráfico de drogas” com 25%, “aumentar o número de policiais nas ruas” com 23%, “diminuir a desigualdade entre as regiões ricas e pobres” é citado por 22% dos entrevistados e “agilizar a ação da justiça” por 21%, considerando sempre a soma de menções.
Confira aqui a apresentação da pesquisa “Viver em São Paulo”
Confira a repercussão na mídia:
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