Relevância do congresso nacional é debatida na Conferência Ethos 20 anos Rio de Janeiro

Campanha “Um novo Congresso" ganha escala com mobilização que visa a conscientização da sociedade.

Por Rejane Romano, do Instituto Ethos

Lançada há apenas 3 meses a campanha “Um novo congresso é necessário. É possível. E Vai ser pelo voto!” cresce em sua proposta de conscientizar a população quanto a urgente requalificação do congresso nacional, dada a relevância do órgão quanto a tomada de decisões no país. Atenta a esta necessidade, a programação da Conferência Ethos 20 anos Rio de Janeiro contemplou o diálogo em um dos painéis que contou com a presença de Caio Magri, diretor-presidente do Instituto Ethos; Chico Whitaker, arquiteto e ativista social; José Marcelo Zacchi, secretário-geral do Grupo de Institutos Fundações e Empresas (GIFE) e Luanda Nera, coordenadora de comunicação da Rede Nossa São Paulo.

Em sua fala de abertura, Whitaker abordou a necessidade de avaliação do plano de governo dos candidatos. “Todas as eleições só ficam centradas no presidente. O deputado federal e governador são escolhidos na hora do voto. A população não dá a devida importância. Precisamos ser cuidadosos para não colocar no congresso pessoas que não vão defender os interesses da população”, disse.

Outro ponto observado foi quanto a representatividade do congresso nacional. “A representatividade está totalmente desvirtuada e vai contra o que deveria ser. Nós queremos levantar essa questão em nossa campanha, cada um de nós que toma conhecimento do poder do congresso deve levar adiante o quanto devemos ser cuidadosos na hora de escolher nossos representantes”, destacou.

Sob essa questão, Luanda observou que “o Brasil tem menos mulheres no congresso nacional que o Afeganistão”.

“Temos hoje o congresso mais conservador da história. Frente a este cenário, tomamos essa missão de chamar a atenção das pessoas para essa questão. Temos o foco em estimular a conversa e pautar a imprensa para essa discussão”, explicou a comunicadora.

Sobre a Campanha

Idealizada com o objetivo de restabelecer o propósito de que a representação esteja voltada à defesa dos anseios da população, em lugar de atender a influência do poder econômico, a campanha tem se fortalecido junto a representantes da sociedade civil, influenciadores e organizações que buscam sensibilizar a população quanto a importância do congresso nacional.

“De tempos em tempos é inevitável que tenhamos que vencer barreiras. Estamos hoje desafiados a fazer essa pequena revolução através do voto. Não há outro caminho que não colocar o congresso de pé e reocupá-lo novamente”, pontuou o representante do GIFE que concluiu: “Uma reforma precisa ser feita. Como fazemos isso? Há dois pilares: a agenda da integridade e a questão da diversidade que nos mostra o quanto estamos longe do caminho a ser alcançado”.

Foto: Adilson Lopes

Matéria publicada no portal do Instituto Ethos
 

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